quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Casa de cultura Hispânica





A Casa de Cultura Hispânica da Universidade Federal do Ceará foi fundada mediante convênio celebrado entre a UFC, pelo seu então Reitor e Fundador Professor Antônio Martins Filho e o Instituto de Cultura Hispânica de Madrid, hoje Instituto de Cooperación Ibero-americana. Começou a funcionar em 12 de outubro de 1961, dirigido pelo professor Adolfo Cuadrado Muñiz, enviado pela Espanha.

Hoje essa Casa tem cerca de mil alunos e conta com uma equipe de seis professores efetivos, três substitutos, estagiários da disciplina de prática de ensino, um bolsista de assistência e um servidor técnico – administrativo. O estudo da Língua Espanhola é ministrado em sete semestres, o que permite iniciar o conhecimento da rica literatura escrita em Castelhano, incluindo a literatura hispano-americana.

Através desses anos, a Casa de Cultura Hispânica tem capacitado à grande maioria de professores que ensina a língua em Fortaleza, onde a demanda está aumentando dia-a-dia. Em 1991 conseguiu a reabertura da Licenciatura em Espanhol na Faculdade de Letras da UFC, desativada por um espaço de 28 anos, e que hoje conta com um número crescente de alunos. Aqui se fundou a Associação de Professores de Espanhol do Estado do Ceará, através da qual os professores realizam o curso que dita a Universidade da Salamanca. Esta Casa também estabeleceu uma valiosa relação com a Assessoria Lingüística da Embaixada da Espanha que tem proporcionado curso de aperfeiçoamento e capacitação de professores do Ceará e tem permitido que se realizem regularmente em Fortaleza, há quinze anos, os exames de Espanhol como Língua Estrangeira da Universidade de Salamanca com um número constante de candidatos.

O Naufrágio de Sepúlveda na literatura castelhana: Escarmientos para el Cuerdo, de Tirso de Molina A partir de 1554, dois anos depois da tragédia marítima, ocorrida junto à Terra do Natal, o anónimo e paradigmático Naufrágio de Sepúlveda teve uma bem conhecida influência na literatura portuguesa, logo na segunda metade do séc. XVI. Entre os mais divulgados, estão os ecos intertextuais na epopeia camoniana, pela boca do terrível Adamastor (Os Lusíadas, V, 46-47); na esquecida Elegíada (Canto VI) de Luís Pereira Brandão, de 1588; ou ainda no longo e fastidioso poema de Jerónimo Corte-Real, Naufrágio e Lastimoso Sucesso da Perdição de Manuel de Sousa de Sepúlveda, de 1594.

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